O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), disse nesta terça-feira acreditar que a Fifa deverá discutir e adotar uma cota de ingressos populares para estádios durante a Copa do Mundo de 2014. Ao debater, no Congresso Nacional, a Lei Geral da Copa, conjunto de leis e compromissos para a organização e realização do Mundial, Silva relembrou que no último campeonato, organizado na África do Sul, a Fifa já havia destinado entradas específicas, classificadas na ocasião como Grupo 4, aos trabalhadores que atuaram na construção das arenas.
"Já surgiu a discussão em torno de se ter um setor de ingressos populares, independentemente de faixa etária, com valores populares, assim como houve na África do Sul. Imagino que seja um tema que esteja na agenda da Fifa", disse.
Ainda que adote uma cota de ingressos populares, por prever perda de arrecadação, a Fifa contesta a eventual adoção pelo Brasil de meia entrada nos ingressos em estádios para estudantes e idosos.
Na Câmara dos Deputados, Orlando Silva traçou as diretrizes do governo federal na organização do campeonato esportivo e por todo o tempo foi questionado pela oposição sobre suas condições políticas de atuar como coordenador da Copa do Mundo, mas se recusou a falar sobre o tema. Ele é apontado pelo policial militar João Dias Ferreira como participante de um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de organizações não-governamentais (ONGs).
"Determinadas calúnias que foram apresentadas, vou me abster mais uma vez de fazer digressões políticas. Vou evitar qualquer tipo de digressão política para não contaminar a discussão central, que é o mérito (da Lei Geral da Copa)", resumiu.
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